quinta-feira, 7 de julho de 2011

Artigo - Revoluções Árabes e a democracia.

Universidade Católica de Brasilia
Rariany Chinaira Gomes da Silva Monteiro
NESEDI/Monitor Internacional

Introdução.

As revoluções e as possíveis democracias no mundo Árabe, será?”

As atuais crises no Oriente Médio demonstram a fragilidade do sistema internacional, mudanças e revoluções que alteram a balança de poder e geopolítica da região. O artigo presente tem objetivo de compreender o ambiente de revoluções da região do Oriente Médio, enfatizado as relações sociais dentro desses estados. Baseando se na idéia de que fatores internos afetam a capacidade de decisão externa e como esses novos atores influenciam as relações internacionais.

O sentimento de exclusão do mundo, pobreza endêmica da região e má distribuição do capital obtido através recursos nacionais, podem ajudar a compreender esse ambiente de indignação. As crises nesse ângulo acabam ganhando caráter ainda mais singular devido à formação histórica de cada país e características de sua população, entretanto esses países revolucionários carregam entre si valores em comum e uma história de corrupção, desprezo internacional e projetos nacionais que acabam por fortalecer ditadores e mais uma vez se manter estático em prol do desenvolvimento e na melhoria de condições para a população.

Palavras Chaves: Oriente Médio, Nacionalismo e revoluções democráticas.


Revoluções Árabes e a democracia.


Os estados árabes após o fim da colonização, passaram por constantes crises, tanto pela abstenção dos colonizadores de não se comprometerem em implementar democracias sólidas na região, ou tanto por conflitos culturais e religiosos.

Entre as constantes dificuldades enfrentadas pelo povo árabe, alguns pontos aguçam ainda mais os problemas internos que acabam por catalisar revoluções, como atualmente enfrentam países como Tunísia, Egito, Líbia, Bahrein e outros.

Um dos pontos é uma atmosfera de marasmo econômico, ela pode facilmente levar a uma série de explosões imprevisíveis e perigosas. A ampliação do desemprego que atinge principalmente os jovens, os aumentos dos preços de produtos de primeira linha, como pão, cooperam de forma imprescindível para gerar um ambiente de descontentamento da população perante a forma de gerência do estado.

Outro ponto que é considerável em meio às revoluções foi o processo de “Wiki Revolution”, a internet e os instrumentos tecnológicos que facilitaram para organização de movimentos contra estados repressores, que conseguiram formar uma linha de resistência não centralizada, sem líder e organização, mais complicada de ser reprimida.

Outro ponto importante que colaborou para facilitar revoluções no mundo árabe, foi a participação de uma frente nascente que não tem nenhum laço com governos e regimes, nem possui nenhum programa político, condena o autoritarismo local e a corrupção, e deseja o estabelecimento da democracia e de um Estado de direito, rejeitando ao mesmo tempo toda e qualquer intervenção militar estrangeira. Defende com orgulho a identidade árabe e islâmica, e prega um modernismo intelectual e a diversidade cultural. O que chamo de “nacionalistas conscientes”.

Dessa forma esses são alguns pontos que ajuda a explicar as raízes que impulsionaram as revoluções do mundo árabe atual, mas não podem ser considerados os únicos, são revoluções do povo, reflexo de uma indignação social, cansadas de viver a margem de uma elite. Enfim a busca de uma consciência coletiva unificada, o desejo de ressurgimento da língua e da cultura árabe e depois da Segunda Guerra Mundial, o anti-imperialismo, são pontos defendidos por esses povos que querem, além disso, melhorias que hoje podem observar no mundo ocidental. A democracia seria um portal necessário para esses avanços.

Entretanto existe uma descrença que islã, democracia e crescimento econômico possam caminhar juntos, e que de certa forma se justifica com a invasão e a ocupação do Iraque. As invasões deram impulso a tendências geopolíticas poderosas e imprevisíveis no Oriente Médio, e o que deveria ser um modelo de democratização no mundo árabe se tornou um fracasso, culminando em um estado falido e uma descrença na região na democracia.

Em contrapartida você tem a Turquia um estado democrático-laico, com diferentes etnias unificadas, com a participação de um partido islâmico, com maioria muçulmana no país e que vive uma crescente econômica. Em oito anos, o produto interno bruto (PIB) per capita mais do que triplicou, subindo para 11.000 dólares (8.180 euros). No Egito, esse número é o mesmo que há 20 anos. O bem estar econômico legitima as ações do estado frente à população.

Durante a história do mundo árabe se tornaram recorrentes os diversos movimentos de libertação que se voltou para um projeto puramente nacional. Eles permaneceram estáticos em Estados dirigidos por um partido único, ou por um líder permanente.

Essas revoluções têm o desafio de enfrentar essas recaídas, a sociedade árabe aspira uma maior independência, mas não negam a necessidade de ajuda para formação de um projeto nacional eficiente e prático, de forma que possam agregar crescimento econômico e trazer o bem estar social. Ao mesmo tempo existe certo repúdio à gerência externa nos países muçulmanos, é um movimento em favor de mudanças democráticas endógenas.

Finalmente, a parte que seja mais relevante, seria como seria possível a implementação de um Estado democrático árabe concreto e duradouro. E que necessariamente passaria pela reeducação da sociedade para participação política, uma organização nacional com representatividade, resoluções de as e que respeitem as diferentes opiniões e assim unifiquem o povo em um projeto comum de ordem e progresso.
divisões intern

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Monitor indica: Porta Curtas Petrobras


Que tal aproveitar os últimos dias do recesso para ver um filminho?O site Porta Curtas Petrobras traz uma quantidade enorme de curtas nacionais que vale a pena conferir.